A música de Villa-Lobos ecoa graças a um coro todo rosa
Lorenzo Bonuomo | 5º ano de Jornalismo da Universidade Positivo
Foi uma noite cheia de alegria e criatividade a que o Projeto 3.3 Aquamusical deu ao público no dia 2 abril, a partir das 19h30. “O Collegium Cantorum” foi protagonista absoluto no Centro Cultural Ítalo-Brasileiro Dante Alighieri. Pelo que lemos no site oficial, o grupo foi fundado em Curitiba por Helma Haller, diretora musical paraenense, no ano de 2000.
Trata-se de um coro feminino independente, que se identifica pela sonoridade musical, realizando propostas carregadas de emoção, ineditismo e refinamento. Ao longo de 18 anos de atividade voluntária e contínua, este conjunto trabalha em permanente oficina de canto coral. Dedica-se à música de concerto, com ênfase no repertório brasileiro. Tem projetos diferenciados de pesquisa coral, tais como os de música sacra, de música folclórica nacional e de música medieval.
TUHUs: Somos Todos TUHUs é, portanto, nascido de uma colaboração entre “O Collegium Cantorum” de Helma Haller, e Salete Chiamulera, pianista brasileira e Doutora em música na obra de Heitor Villa-Labos. Sua grande paixão como artista é criar e recriar, especialmente Villa-Lobos em música, sons, palavras e ações que foi justamente o que inspirou essa produção.
TUHUs: Somos Todos TUHUs é inserido em uma série de eventos chamada “Belas no Dante Alighieri”, promoção do Centro Cultural Ítalo Brasileiro Comitato Dante Alighieri e da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. O show consiste em 4 atos: Introdução, Microcosmos, Macrocosmos e Coda. Na Introdução, o Coral da Cantata constrói, como colocado nos panfletos de divulgação, uma transição entre “dois mundos, o real e o da fantasia”, um tempo de reflexão, um convite para aquietarmos nosso Espírito nos aproximando de Deus, Nosso Criador.
Após a vivência desta obra, emerge o Brasil. O Brasil nas palavras textuais ou contextuais de Heitor Villa-Lobos (1887/1959), na recriação sonora de suas obras, na experiência de um alter ego brasileiro que existe em cada de um de nós: em nosso ser e fazer musical, nossas canções da infância, nosso cotidiano, uma descoberta do “Pulso da Vida” ao experimentar-se o pulsar dos sons, das cenas, das cores e imagens.
Além do louvável desempenho do coro feminino, de Salete Chiamulera ao piano e de todos aqueles que contribuíram para a realização do Projeto 3.3, uma arma real além do show foi a capacidade dos artistas de envolver o público, tornando-o parte representação ativa e estender o palco para todo o salão que sediou o evento.
Evento: Fringe
Gênero: Música e Musical
Classificação: Livre
Duração: 60 min
Valor: Grátis
Imagem de divulgação