O espetáculo traz ao público através do humor situações recorrentes do cenário político atual
Sâmar Mourad | 1º ano de Jornalismo
Na noite da sexta-feira, 06, aconteceu em Curitiba no Teatro Fernanda Montenegro a peça “Lava Jato”. A apresentação, que carrega o nome da mais importante operação de combate à corrupção no Brasil, mostra alguns dos personagens de maior destaque nesses 4 anos e mais de 50 fases de operação, mas sem identificá-los durante o desenvolver da história.
A peça se passa em um bordel, regado de muito champanhe e muito luxo durante uma festa dos políticos, eles se reúnem para rir do povo e lá descobrem que os seus telefones estão sendo grampeados. A dona do estabelecimento a “Deusa Justiça’’ determina o que cada político deve fazer: ir para a esquerda ou ir para a direita.
A história em cima do palco é retratada com muita música e muito humor, além de divertir o público e trazer muitas críticas sociais. O produtor Fernando Cardoso quis mostrar a realidade pela qual a República de Curitiba, como cita o ex-presidente Lula em um grampo telefônico, está passando. Para Fernando, “A operação Lava Jato se tornou um campo fértil das situações surreais que molduram o absurdo da política em nosso país”, comentou o produtor.
O diretor Cesar Almeida e o produtor Fernando têm uma grande participação durante o espetáculo, cantando e fazendo o papel de um juiz que fala por todos os brasileiros.
A peça é uma sátira bem humorada e não poupa ninguém. Uma das falas de maior impacto da peça é “Vai ter tiro, porrada e bomba para todo o lado’’, que acaba por leva o público ao riso e descontração. Ao fim o diretor afirma que “Rir é o que nos resta”, passando uma clara mensagem ao público presente.
Foto: Sâmar Mourad